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26 de fevereiro de 2015

Dicas de Peixes

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Auto-suficiência não existe

"Somos, fomos e sempre seremos parte de um todo. O egocentrismo não é inteligente, o que nos leva a afirmar que pensar só em si próprio é um absurdo fora de qualquer realidade. Precisamos de todos à nossa volta, mesmo porque, a autossuficiência nunca existiu; é uma das maiores ilusões do homem moderno, embora todos sonhem com essa quimera e confundam-na com liberdade e independência.
Somos integrantes de uma série, numerados pela ordem de entrada e de saída, sem que disso tenhamos a mínima ideia. Em geral, mesmo com a tão falada globalização, preocupamo-nos somente com o ambiente mais próximo: família, bairro, ou, no máximo, a cidade. Vivemos num conjunto e dele precisamos para sobreviver. Segurança, saúde, alimentação, transporte e milhares de outras fontes de bem-estar vêm do ambiente, do coletivo, dos outros...
Somos muito mais plurais, no entanto, percebemos-nos tão singulares... Se analisarmos os grupos humanos de cada geração, poderemos verificar, no amplo conjunto dos seres, uma infinidade de características similares, mas sempre fazemos questão de marcar nossas diferenças e fazer força para esquecer nossas similitudes. Por exemplo: todos somos frágeis, complicados, ansiosos, inseguros e, no entanto, gostamos de exibir força e alardear uma coragem cinematográfica. Daí o sucesso das histórias dos super-heróis – ídolos que viajam pelo imaginário coletivo
Na verdade, nossas diferenças são reais, nossa individualidade é evidente. Somos seres únicos, modelos exclusivos, porém, não podemos ignorar, muito menos esquecer, as múltiplas semelhanças que nos unem e nos atam ao coletivo. Nascemos totalmente dependentes e, à medida que envelhecemos, voltamos a ficar nessa mesma condição. No tempo fugaz da juventude, embalamos o sonho delirante da autossuficiência, mas, com a maturidade, descobrimos quanto somos carentes de ajudas do próximo.
“O Leão e o Ratinho”
Ao sair do buraco, viu-se um ratinho entre as patas do leão. Estacou, de pelos em pé, paralisado pelo terror. O leão, porém, não lhe fez mal nenhum.
- Segue em paz ratinho; não tenhas medo de teu rei.
Dias depois, o leão caiu numa rede. Urrou desesperadamente, debateu-se, mas quanto mais se agitava, mais preso no laço ficava. Atraído pelos urros, apareceu o ratinho – amor com amor se paga – disse ele lá consigo e pôs-se a roer as cordas. Num instante conseguiu romper uma das malhas. E como a rede era das tais que rompida a primeira malha, as outras se afrouxam, pode o leão deslindar-se e fugir." Monteiro Lobato

Amostra do nosso livro - Astrologia : uma Novidade de 6000 Anos